domingo, 9 de novembro de 2014

Período Composto: SUBORDINAÇÃO e COORDENAÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo efetuar uma diferenciação e conceituação de orações de períodos compostos. Vimos que os enunciados de um texto qualquer podem ser organizados sob forma de período simples ou composto, desde que contenham uma única oração ou mais de uma. Nos períodos compostos haverá também uma relação de organização sintática entre as orações constituintes, sendo essa relação de simples superposição sem dependência entre elas ou com variados tipos de dependência.
 
 
Angela Maria J. Vitor                         - RA: B8441H-2  
Gabriela Rovero do Nascimento       - RA: B75257-2
Teresinha Ferreira da Cruz              - RA: B8812B-3
 
 
INTRODUÇÃO:
            Os enunciados de um texto qualquer podem ser organizados sob forma de período simples ou composto, desde que contenham uma única oração ou mais de uma. Nos períodos compostos haverá também uma relação de organização sintática entre as orações constituintes, sendo essa relação de simples superposição sem dependência entre elas ou com variados tipos de dependência.
Na gramática tradicional, distinguem-se duas maneiras básicas de inserir um constituinte dentro de outros constituintes (orações em outras orações): a coordenação e a subordinação. Essa dicotomia representa uma simplificação e está longe de dar conta de todos os fatos, mas serve como ponto de partida para a exposição.
            No período composto, a combinação de duas ou mais orações feita pelo procedimento de coordenação (ou combinação), o processo será de adição, ao passo que, pela subordinação (ou encaixamento), as regras são de substituição.
 
Período Composto por SUBORDINAÇÃO:
            Diz-se que há subordinação quando se procede ao encaixamento de uma oração dentro da outra, de modo que a encaixada venha exercer a mesma função sintática do constituinte no lugar do qual se opera a inserção. Estabelecer subordinação entre as orações, portanto, não só torna uma sintaticamente dependente da outra, como elege qual (ou quais) irá conter a ideia relevante do período: a esta cabe o papel de oração principal.   As orações subordinadas podem ser de três tipos diferentes, de acordo com a função sintática peculiar, equivalente ao tipo de sintagma correspondente no período composto. Sendo assim, temos:
1.    Orações Subordinadas Substantivas (ou completivas), que equivalem a um Sintagma Nominal, que pode assumir a função de: sujeito, O.D., O.I., predicativo, ou aposto:
1.1.  Subordinada Substantiva Subjetiva: ex. – Que eu saiba MALP é importante.
1.2.  Subordinada Substantiva Objetiva Direta: ex. – A criança não percebeu que a babá sumira.
1.3.  Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: – Todos precisam de que alguém os console.
1.4.  Subordinada Substantiva Predicativa: ex. – O pedido foi que a festa não fosse realizada.
1.5.  Subordinada Substantiva Apositiva: ex. – Uma só coisa me aborreceu: que adiassem a festa.
1.6.  Subordinada Substantiva Completiva Nominal: ex. – A possibilidade de uma guerra é uma realidade.
 
2.     Orações Subordinadas Adverbiais (ou circunstanciais), que equivalem a um Sintagma Adverbial ou Preposicional, indicando uma circunstância:
2.1.   Subordinada Adverbial Causal: ex. – O torcedor ficou sem voz, porque gritou muito.
2.2.  Subordinada Adverbial Consecutiva: ex. – O torcedor gritou tanto, que ficou sem voz.
2.3.  Subordinada Adverbial Condicional: ex. – Irei ao clube, se fizer sol.
2.4.  Subordinada Adverbial Temporal: ex. – Os pássaros cantam quando anoitece.
2.5.  Subordinada Adverbial Comparativa: ex. – Ela ria como se estivesse no circo.
2.6.  Subordinada Adverbial Final: ex. – Tudo se fez para que ela voltasse.
2.7.  Subordinada Adverbial Concessiva: ex. – A paciente sobreviveu embora estivesse mal.
 
3.    Orações Subordinadas Adjetivas (ou relativas), que equivalem a um Sintagma Adjetival:
3.1.  Subordinada Adjetiva Restritiva: ex. – A mulher que engana é solitária.
3.2.  Subordinada Adjetiva Apositiva: ex. – A mulher, que engana, é solitária.
 
Período Composto por SUBORDINAÇÃO:
            No período composto por coordenação, pode-se dizer que as orações são estruturalmente independentes uma da outra, isto é, uma não exerce função sintática dentro da outra em razão de não se operar o encaixe de uma oração em lugar de um dos termos de outra. Por esse motivo, a coordenação tem sido considerada, geralmente, uma operação de adição.
Exemplo: Titia fez a salada e mamãe fritou os pastéis.
Mesmo assim, a combinação dessas orações em um mesmo período pode estabelecer uma vinculação semântica, diferente da que teria se enunciadas separadamente. Temos os seguintes tipos de coordenadas:
1.1.  Coordenada Adversativa, o conteúdo da segunda opõe-se à ideia da primeira: ex. – Ela estava triste, mas compareceu à despedida.
1.2.  Coordenada Explicativa, o conteúdo da segunda apresenta uma explicação ou justificativa para a ideia da primeira: ex. – Não beba, pois vai dirigir.
1.3.  Coordenada Conclusiva, quando a segunda encerra uma conclusão ou dedução a partir da ideia da primeira: ex. – Chegou atrasado, portanto não participou da seleção.
 
REFERÊNCIAS:
- SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo) sintática. Barueri/SP: Manole, 2004 (cap. 6: págs. 113-140).
- PERINI, Mário A. Gramática Descritiva do Português. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1999  (cap. 5: págs. 129-143).
- SOUZA-e-SILVA, Maria C. KOCH, Ingedore Villaça. Lingüística Aplicada ao Português: Sintaxe. 16ª edição. São Paulo: Cortez, 2011 (cap. 3: págs. 107-149).

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário