O presente trabalho
tem por objetivo efetuar uma diferenciação e conceituação de orações de
períodos compostos. Vimos que os enunciados de um texto qualquer podem ser
organizados sob forma de período simples ou composto, desde que contenham uma
única oração ou mais de uma. Nos períodos compostos haverá também uma relação
de organização sintática entre as orações constituintes, sendo essa relação de
simples superposição sem dependência entre elas ou com variados tipos de
dependência.
Angela Maria J. Vitor - RA: B8441H-2
Gabriela Rovero do Nascimento - RA: B75257-2
Teresinha Ferreira da Cruz - RA: B8812B-3
INTRODUÇÃO:
Os
enunciados de um texto qualquer podem ser organizados sob forma de período
simples ou composto, desde que contenham uma única oração ou mais de uma. Nos
períodos compostos haverá também uma relação de organização sintática entre as
orações constituintes, sendo essa relação de simples superposição sem
dependência entre elas ou com variados tipos de dependência.
Na gramática
tradicional, distinguem-se duas maneiras básicas de inserir um constituinte
dentro de outros constituintes (orações em outras orações): a coordenação e a
subordinação. Essa dicotomia representa uma simplificação e está longe de dar
conta de todos os fatos, mas serve como ponto de partida para a exposição.
No
período composto, a combinação de duas ou mais orações feita pelo procedimento de
coordenação (ou combinação), o
processo será de adição, ao
passo que, pela subordinação (ou
encaixamento), as regras são de substituição.
Período
Composto por SUBORDINAÇÃO:
Diz-se
que há subordinação quando se procede ao encaixamento de uma oração dentro da
outra, de modo que a encaixada venha exercer a mesma função sintática do constituinte no lugar do qual se opera a
inserção. Estabelecer subordinação entre as orações, portanto, não só torna uma
sintaticamente dependente da outra, como elege qual (ou quais) irá conter a
ideia relevante do período: a esta cabe o papel de oração principal. As orações subordinadas podem ser de três
tipos diferentes, de acordo com a função sintática peculiar, equivalente ao
tipo de sintagma correspondente no período composto. Sendo assim, temos:
1.
Orações Subordinadas Substantivas (ou completivas), que equivalem a um
Sintagma Nominal, que pode assumir a função de: sujeito, O.D., O.I.,
predicativo, ou aposto:
1.1. Subordinada Substantiva Subjetiva: ex. – Que eu saiba MALP é importante.
1.2. Subordinada Substantiva Objetiva
Direta: ex. – A
criança não percebeu que a babá sumira.
1.3. Subordinada Substantiva Objetiva
Indireta: – Todos
precisam de que alguém os console.
1.4. Subordinada Substantiva Predicativa: ex. – O pedido foi que a
festa não fosse realizada.
1.5. Subordinada Substantiva Apositiva: ex. – Uma só coisa me aborreceu: que
adiassem a festa.
1.6. Subordinada Substantiva Completiva
Nominal: ex. – A
possibilidade de uma guerra é uma realidade.
2.
Orações
Subordinadas Adverbiais (ou circunstanciais), que equivalem a um Sintagma
Adverbial ou Preposicional, indicando uma circunstância:
2.1. Subordinada Adverbial Causal: ex. – O
torcedor ficou sem voz, porque gritou muito.
2.2. Subordinada Adverbial Consecutiva: ex. – O torcedor gritou tanto,
que ficou sem voz.
2.3. Subordinada Adverbial Condicional: ex. – Irei ao clube, se
fizer sol.
2.4. Subordinada Adverbial Temporal: ex. – Os pássaros cantam quando anoitece.
2.5. Subordinada Adverbial Comparativa: ex. – Ela ria como se estivesse no circo.
2.6. Subordinada Adverbial Final: ex. – Tudo se fez para
que ela voltasse.
2.7. Subordinada Adverbial Concessiva: ex. – A paciente sobreviveu embora estivesse mal.
3.
Orações Subordinadas Adjetivas (ou relativas), que equivalem a um
Sintagma Adjetival:
3.1. Subordinada Adjetiva Restritiva: ex. – A mulher que engana é solitária.
3.2. Subordinada Adjetiva Apositiva: ex. – A mulher, que engana, é solitária.
Período
Composto por SUBORDINAÇÃO:
No período composto por coordenação,
pode-se dizer que as orações são estruturalmente independentes uma da outra,
isto é, uma não exerce função sintática dentro da outra em razão de não se
operar o encaixe de uma oração em lugar de um dos termos de outra. Por esse
motivo, a coordenação tem sido considerada, geralmente, uma operação de adição.
Exemplo: Titia fez a salada e mamãe fritou os pastéis.
Mesmo assim, a combinação dessas orações em um
mesmo período pode estabelecer uma vinculação semântica, diferente da que teria
se enunciadas separadamente. Temos os seguintes tipos de coordenadas:
1.1. Coordenada Adversativa, o conteúdo da segunda opõe-se à
ideia da primeira: ex. – Ela estava triste, mas compareceu à despedida.
1.2. Coordenada Explicativa, o conteúdo da segunda apresenta uma
explicação ou justificativa para a ideia da primeira: ex. – Não beba, pois vai dirigir.
1.3. Coordenada Conclusiva, quando a segunda encerra uma
conclusão ou dedução a partir da ideia da primeira: ex. – Chegou atrasado, portanto
não participou da seleção.
REFERÊNCIAS:
- SAUTCHUK,
Inez. Prática de Morfossintaxe:
como e por que aprender análise (morfo) sintática. Barueri/SP: Manole, 2004 (cap. 6: págs. 113-140).
- PERINI,
Mário A. Gramática Descritiva do
Português. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1999 (cap. 5: págs. 129-143).
- SOUZA-e-SILVA, Maria C. KOCH, Ingedore Villaça. Lingüística Aplicada ao Português: Sintaxe. 16ª edição. São Paulo: Cortez, 2011 (cap. 3: págs.
107-149).
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